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Livro A História de B

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No segundo “romance espiritual” do autor de “Ismael”, o padre norte-americano Jared Osborne é enviado à Europa para investigar um pregador conhecido por B cuja mensagem radical está a atrair um número crescente de seguidores. A tanto está obrigado o padre Osborne por um mandato secular assumido pela sua ordem religiosa: Saber antes de todos os outros da chegada do Anticristo a fim de tentar suprimi-lo e destruí-lo.

Porém, desde o início Osborne sente-se espantado e deslumbrado pela orginalidade do pensamento de B. Será B apenas um herege – ou ele é de facto o Anticristo enviado para seduzir a humanidade não com maldade e perversão mas com ideias mais atraentes do que as da religião tradicional?

“Daniel Quinn escreveu dois dos livros mais perturbantes e transformadores do nosso tempo. O primeiro foi “Ismael”; “A História de B” é o outro.” – Paul Hawken, autor de “The Ecology of Commerce”.

EXCERTOS

“Não seja simplista, Jared. A Europa é só um ensaio. O que quer que os Estados Unidos tenham perdido nas últimas três ou quatro décadas, são ainda quem dita as modas a nível mundial, e nada pegará em lugar algum se não pegar aqui primeiro. Atterley sabe disto se tiver metade da esperteza que lhe atribuem, e quando estiver pronto para nós, estará cá, pode contar com isso. E é por isso é que você vai para a Europa: queremos estar prontos para ele antes de ele estar pronto para nós”. “Parece estar a levá-lo muito a sério”. Frei Lulfre encolheu os ombros. “Se não o levarmos a sério, o melhor é não o levarmos nem a brincar”.

(…)

Ele continuou a falar. Fechei os olhos para apagar o ruído constante da multidão e continuei a transcrever. Os minutos passarm. De súbito reparei que a minha mão parara de se mexer, e até me perguntei porquê. Abrindo os olhos, vi que B terminara. Mesmo assim, foi só depois de ele ter agarrado nos seus papéis e se ter afastado do pódio que o público pareceu acordar para o facto de que a palestra de B acabara. Os seus opositores soltaram vivas de autocongratulação por um trabalho bem feito, enquanto os seus apoiantes se apressaram a concertar algum aplauso. Já em movimento, B acenou-lhes indiferentemente com a cabeça e desapareceu nas coxias.

(…)

“Quero que imagine que o mundo – este mundo aqui mesmo – é um mundo Gebusi. Você, como padre católico, seria tolerado como um vestígio de uma superstição curiosa e inofensiva. À noite os homens juntar-se-iam em bares, não para ver transmissões desportivas mas para ter conversas picantes com espíritos femininos agarrados às vigas do tecto. Estariam a postos médiuns espíritas para diagnosticar e curar doenças ligeiras – e para conduzir inquéritos sobre mortes na comunidade. Amigos convidá-lo-iam para um restaurante a fim de comemorar um assassínio – e mandá-lo-iam para casa com uma fatia de feiticeiro assado para a sua família. Que mais posso dizer-lhe? Os filmes seriam filmes Gebusi, os romances romances Gebusi, a política política Gebusi, o desporto desporto Gebusi, a diversão diversão Gebusi”. Disse-lhe que o conseguia imaginar – mais ou menos. “Mas não consigo imaginar o que quer que eu diga”.

(…)

Tenha sempre em mente o que pretendemos aqui, Jared. Estamos aqui por causa de visões, eu e você. Uma visão está a arrastar-nos para a catástrofe. Esta é uma visão peculiar a uma única cultura, a nossa cultura, concentrada e mantida pelas religiões reveladas da nossa cultura durante os últimos três mil anos. Estou a tentar mostrar-lhe outra visão, sadia para nós e sadia para o mundo, que foi acolhida por centenas de milhares de culturas durante centenas de milhares de anos”.

(…)

“É isto que proponho aqui, Jared: não atravessámos a linha quando começámos a usar utensílios, atravessámos a linha quando nos tornámos caçadores. Os nossos antepassados não humanos faziam e usavam utensílios mas não eram caçadores. Por outras palavras, tornámo-nos humanos caçando – e evidentemente tornámo-nos caçadores ao tornarmo-nos humanos. E, a propósito, a caça não é uma actividade exclusivamente masculina entre os povos aborígenes actuais, pelo que não há razão para supor que era uma actividade exclusivamente masculina entre os nossos primeiros antepassados humanos”.

(…)

“Os pensadores seminais da nossa cultura imaginaram que a vida humana começou quando a nossa cultura começou, há apenas alguns milhares de anos. Por conseguinte, não era possível aprender-se nada sobre a vida humana além desse ponto. Além desse ponto não havia nada senão um vazio. Assim, olharam para o passdo e viram que o Homem nascera agricultor e construtor de civilizações. Pensaram que esta era a natureza do Homem e o destino do Homem – e é isto que ensinamos aos nossos filhos. A raça humana nasceu para tornar-se precisamente nós. Não é isso que lhes ensinamos?”

“É”.

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