Variedade antiga espanhola, proveniente da Galiza. Boa produtividade, pimentos colhidos preferencialmente quando pequenos, com aproximadamente 5 cm e cor verde-amarelada. Têm forma alongada, geralmente com sabor suave mas conhecida por ocasionalmente poder ser picante!
Sementeira
Feita em tabuleiro, realizando o transplante quando as plantas tiverem cerca de 10 cm, já com folhas verdadeiras formadas e cerca de 6 a 8 semanas após a sementeira.
Solo
A cultura adapta-se bem a solos leves, arenosos, férteis e com boa drenagem para impedir podridões radiculares. O pH deve encontrar-se entre os 5.5 e 6.8. O solo também deve ter sido bem trabalho previamente de forma a permitir um correcto desenvolvimento radicular devido à raíz pivotante.
Clima
A temperatura de crescimento varie entre os 20 e 27°C com temperaturas noturas na ordem dos 16 a 22°C. Noites muito quentes levam a um maior desenvolvimento vegetativo em detrimento da formação e crescimento dos frutos.
Fertilização
É uma cultura algo exigente, devendo ter-se especial atenção ao fornecimento de fósforo e cálcio em que se não estiver em nível suficiente no solo e a aplicação de composto também não for suficiente, deve ser suplementada com um fertilizante mineral.
Rega
O sistema gota-a-gota é uma opção válida para a cultura.
Controlo de infestantes
O mulching é uma opção válida, ajudando a evitar a competição entre as infestantes e a cultura.
Controlo de pragas
Os ácaros, afídeos, lagartas roscas, larvas mineiras e tripes são pragas da cultura. Para o controlo dos ácaros deve ser feita luta biológica com ácaros predadores, para além da aplicação de azadiractina e, se necessário, pela aplicação de enxofre em pó (se T <28°C). Para o controlo dos afídeos, deve ter-se em atenção fertilizações moderadas sem excesso de azoto, limitação natural com sebes em bordadura para favorecer os auxiliares, luta biológica com himenópteros parasitóides ou predadores, podendo também aplicar-se, se necessário, sabão de potássio ou azadiractina. Para as lagartas roscas deve evitar-se usar estrume fresco, isco com farelo + melaço + Bacillus thuringiensis em pulverização sobre o terreno junto à cultura, o uso de Bacillus thuringiensis em pulverização e ainda a luta biológica com nemátodes Steinernema carpocapsae. Para as larvas mineiras devem ser controladas através da luta biológica com himenópteros parasitóides, com a limitação natural com sebes e outras plantas melíferas que alimentem os adultos dos parasitoides, podendo também, se necessário, ser aplicada azadiractina. Para o controlo das tripes deve ter-se em bordadura plantas favoráveis aos auxiliares antocorídeos (como malmequeres e outros compostas) e luta biológica com ácaros predadores e antocorídeos.
Controlo de doenças
O oídio e a podridão cinzenta são duas importantes doenças desta cultura. Para o controlo do oídio devem usar-se compassos largos, fertilizações moderadas sem excesso de azoto e, se necessário, a aplicação de enxofre em pó. Quanto ao controlo da podridão cinzenta devem eliminar-se restos de plantas doentes, evitar excessos de vigor, evitar água sobre as plantas (rega gota-a-gota é uma boa solução) bem com a aplicação regular de argila bentonítica.
Colheita
Para o consumo ou venda imediata deve colher-se quando os pimentos se encontram completamente maduros. Se, pelo contrário, não for para venda ou consumo imediato pode colher-se quando os pimentos se encontram com pelo menos 80% da sua coloração final, que entretanto será ganha até ao seu consumo. Deve ser feita a colheita usando uma tesoura que minimize o corte e este seja do menor tamanho possível de forma a evitar a entrada de agentes patogénicos.