Variedade não trepadora, produz frutos longos, de cor verde escura e com pequena cavidade de sementes. A colheita começa 6 semanas após o transplante, tendo boa produtividade. As flores são comestíveis e, tal como os frutos, são deliciosas!
Como cultivar curgete biológica?
Sementeira
Feita normalmente em tabuleiro com posterior transplante quando a planta tem 2 a 3 folhas verdadeiras, tendo-se em atenção que é uma cultura com alguma sensibilidade à crise de transplantação pelo que deve ser feita da forma mais cuidadosa possível, minimizando danos radiculares. A cultura pode ser feita em linhas deixando entre plantas 30 a 60 cm e 1.5 a 1.8 m entre linhas.
Solo
A cultura gosta de solos férteis, bem drenados e de texturas pesadas. O pH deve situar-se entre 6.5 e 7.0.
Clima
A cultura gosta de locais com boa luminosidade, devendo evitar-se locais propensos a ventos frios e a geadas tardias. Durante o verão prefere temperaturas diurnas entre os 22 e 32°C e noturnas não abaixo dos 20°C. A cultura é favorecida quando instalada num local com exposição a Sul.
Fertilização
É uma cultura algo exigente, devendo incorporar-se em fertilização de fundo algum composto.
Rega
Durante a fase inicial é essencial humidade adequada no solo bem como durante a polinização e formação do fruto. O sistema de rega gota-a-gota é interessante para a cultura para além do fornecimento hídrico preciso evita também água sobre as folhas que pode levar ao desenvolvimento de doenças.
Controlo de infestantes
O mulching é uma opção interessante para a cultura, quer com materiais orgânicos que com plástico pois ajuda a evitar a competição das infestantes com a cultura, evitar o contacto das curgetes com o solo e ainda poder aumentar a temperatura do solo em cultivos precoces.
Controlo de pragas
Os ácaros, afídeos, mosca branca e tripes são pragas da cultura. Para o controlo dos ácaros pode optar-se pela luta biológica com ácaros predadores bem com a aplicação de azadiractina e enxofre em pó. Para o controlo dos afídeos deve ter-se em atenção as fertilizações moderadas sem excesso de azoto, limitação natural com sebes em bordadura para favorecer os auxiliares, luta biológica com himenópteros parasitoides ou predadores, pulverizações semanais com chorume de urtiga, e ainda aplicações de sabão de potássio e azadiractina. Para o controlo da mosca branca deve ter-se em atenção as fertilizações moderadas sem excesso de azoto, não transplantar plantas infestadas do viveiro, colocar placas amarelas com para deteção, luta biológica com himenópteros parasitoides e ácaros predadores para além do uso da azadiractina. Por fim, as tripes dvem ser controladas através do uso de plantas adequadas em bordadura favoráveis aos auxiliares antocorídeos (como malmequeres) e luta biológica com ácaros predadores e antocorídeos.
Controlo de doenças
A fusariose, míldio, oídio e podridão cinzenta são doenças da cultura. Para o controlo do fusário recomenda-se a prática de rotações culturais adequadas, biofumigação e solarização do solo. O míldio é controlado através rotações culturais adequadas, compassos largos, evitar excesso de água no solo e o uso de fungicidas cúpricos. O oídio é controlado através do uso de compassos largos, fertilizações moderadas sem excesso de azoto, podendo também aplicar-se enxofre em pó polvilhável ou molhável (como alternativa usar-se enxofre em pó + lithothamne (1:1) em polvilhação, sendo menos fitotóxico que enxofre estreme).
Branqueamento
Colheita
Devido à colheita ser escalonada é conveniente ir verificando regularmente ( 2 a 3 vezes por semana) o estado da cultura, pois é muito fácil os frutos ficarem com tamanhos superiores ao pretendido.
Pós-colheita
Os frutos podem ser mantidos por cerca de duas semanas a uma temperatura entre os 5 e 10°C e humidade relativa de 95%.