Livro O Cálice e a Espada

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Considerado por Ashley Montagu, antropólogo da Universidade de Princeton, como o livro mais importante desde A Origem das Espécies de Darwin, O Cálice e a Espada junta descobertas arqueológicas recentes com testemunhos oriundos da arte, da antropologia, da sociologia, da política e da economia para fazer revelações espantosas sobre o passado da humanidade – com implicações que podem revelar-se cruciais para o nosso futuro.

“Alguns livros são como revelaçõe: eles abrem o espírito a possibilidades inimagináveis. O Cálice e a Espada é um desses magníficos livros-chave dotados da capacidade de nos transformar e desencadear mudanças fundamentais no mundo. Com a mais apaixonada eloquência, Riane Eisler prova que o sonho da paz não é uma utopia impossível”.
Isabel Allende, autora de A Casa dos Espíritos

CRÍTICAS DE IMPRENSA

“(…) Riane Eisler defende que caminhamos para uma sociedade de parceria entre homens e mulheres. Mais, ela garante que não é novidade nenhuma e que nos primórdios da civilização esse era o modelo social dominante. (…) Riane Eisler defende que durante muito tempo os restos arqueológicos foram mal interpretados (…), para por fim explicar que houve longínquas sociedades pacíficas que em vez de um deus violento adoravam uma deusa, símbolo da criação.”
Paula Joyce, O Independente, 24/4/98

“O Cálice e a Espada é uma obra que se debruça sobre as origens e o desenvolvimento da humanidade, apresentando, de modo acessível, pontos de vista sobre diversos aspectos da nossa cultura pouco divulgados junto do grande público. Como todos os trabalhos de investigação, o livro está aberto ao debate e fomenta a discussão. As matérias abordadas, que mostram a esquecida e preterida visão feminina, lado a lado com a masculina, vão desde a pintura pré-histórica, ou da Oresteia de Ésquilo, passando pelos períodos micénicos e minóicos ou pela época medieval, até aos novos caminhos trilhados pelo género humano na sua evolução cultural.”
R.P., Mondo Bizarre, Maio 2000

EXCERTOS

“Pareceria inteiramente lógico que o vísivel dimorfismo ou diferença de forma, entre as duas metades da humanidade tivesse um efeito profundo nos sistemas de crença paleolíticos. E pareceria igualmente lógico que o facto de tanto a vida humana como animal ser gerada pelo corpo feminino e de, à semelhança das estações e da lua, o corpo da mulher percorrer igualmente ciclos, levasse os nossos antepassados a encarar sob forma feminina, em vez de masculina, os poderes que geram e sustentam a vida do mundo.

(…)

Em Creta, pela derradeira vez na história registada, parece ter prevalecido um espírito de harmonia entre mulheres e homens, como participantes joviais e iguais na vida. É este espírito que parece iluminar a tradição artística de Creta, uma tradição que, ainda nas palavras de Platon, é única no seu prazer da beleza, da graça e do movimento e na sua fruição da vida e proximidade da natureza.

(…)

Dirigidas ao público original da Bíblia – o povo de Canaã, que recordaria ainda os terríveis castigos infligidos aos seus antepassados pelos homens que trouxeram consigo os novos deuses da guerra e do trovão -, as consequências horríveis da desobediência de Eva às ordens de Jeová eram mais do que uma alegoria sobre o carácter pecaminoso da humanidade. Eram um aviso claro para ser evitada a adoração ainda persistente da Deusa.

(…)

Seja em nome da defesa nacional, como nos EUA e na URSS, ou do santo nome de Deus, como no mundo muçulmano, a guerra e a preparação para a guerra servem para reforçar não apenas a dominância e violência masculinas, como o ilustram tanto a Alemanha de Hitler como a Rússia de Estaline, mas igualmente a terceira componente fundamental do sistema, o autoritarismo. Os tempos de guerra fornecem a justificação para lideranças musculadas.

(…)

Estas novas formas de visualizar a realidade, tanto para mulheres como para homens, estão na origem de novos modelos da psique humana. O antigo modelo freudiano via os seres humanos basicamente em termos de pulsões elementares, como a necessidade de alimento, sexo e segurança. O modelo mais recente proposto por Abraham Maslow e outros psicólogos humanistas leva em conta estas necessidades elementares defensivas mas reconhece também possuírem os seres humanos um nível superior de necessidades de crescimento e realização que nos distinguem dos outros animais.

(…)

Dado que este modelo dominador parece encontrar-se prestes a atingir os seus limites lógicos, muitos homens e mulheres começam agora a rejeitar princípios perenes de organização social, incluindo os seus papeis sexuais estereotipados. Para muitos outros, estas mudanças são apenas sintomas de colapsos sistémicos, perturbações caóticas que devem ser extintas a qualquer preço.

(…)

Como escreve a psiquiatra Jean Baker Miller, na sociedade tal como ela se encontra presentemente constituída, só as mulheres estão vocacionadas para veicularem a necessidade básica para a comunhão humana – e, de facto, para valorizarem mais ainda do que a si próprias as afinidades que têm com os outros. Em contraste com os homens, que geralmente foram socializados para a perseguição dos seus objectivos próprios, mesmo à custa dos outros, as mulheres são socializadas para se considerarem primariamente como responsáveis pelo bem-estar dos outros, mesmo à custa do seu próprio bem-estar.

(…)

Outro aspecto da história medieval só assim explicável adquire um sentido político compreensível – e decisivo. Trata-se do aviltamento extremo das mulheres por parte da Igreja; elas são, nas palavras do Malleus Maleficarum ou Martelo das Bruxas (o manual do inquisidor para perseguição de bruxas, abençoado pela Igreja), a fonte carnal de todo o mal.

(…)

O mais notável porém é o facto de muitos futuristas estarem de facto a dizer – praticamente por estas mesmas palavras – que devemos deixar para trás os valores duros, orientados para a conquista, tradicionalmente associados com a masculinidade. Pois não será a necessidade de um espírito de cooperação verdadeiramente global, formada na livre parceria, um equilíbrio do individualismo com o amor, e o objectivo normativo da harmonia com a natureza, em vez da sua conquista, a reafirmação de uma ética (mais) feminina? E com que fim poderiam relacionar-se mudanças drásticas no estrato normativo ou uma metamorfose nas premissas culturais básicas e em todos os aspectos das instituições sociais senão com a substituição de uma sociedade dominadora por uma sociedade de parceria?

(…)

Para mim, uma das imagens mais evocativas da transformação da androcracia em gilania é metamorfose da lagarta em borboleta. Parece-me ser essa uma imagem particularmente adequada para exprimir a visão da humanidade ascendendo às culturas que é capaz de atingir, já que a borboleta é um antigo símbolo de regeneração, uma epifania dos poderes transformativos atribuídos à Deusa.”

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