Livro A Revolução de uma Palha

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“O agricultor tornou-se atarefado demais quando começámos a estudar o mundo e a decidir que seria bom fazer isto ou fazer aquilo. Toda a minha pesquisa se baseou em não fazer isto ou não fazer aquilo. Estes trinta anos ensinaram-me que os agricultores estariam numa situação bem melhor se não fizessem praticamente nada.”

Ao longo das últimas décadas, Masanobu Fukuoka assistiu à degradação da terra e da sociedade japonesas, enquanto o seu país seguia o modelo de desenvolvimento económico e industrial americano, deixando para trás uma rica herança de trabalho simples e próximo da terra. Mas Fukuoka estava decidido a não abandonar a agricultura tradicional. Pelo contrário, refinou-a de tal modo que o seu método de agricultura selvagem, mantendo o mesmo rendimento por hectare que o dos camponeses seus vizinhos, exige menos trabalho e desgasta menos a Natureza do que qualquer outro método agrícola.

Nesta obra, além de descrever a agricultura selvagem em si, Fukuoka relata os acontecimentos que o levaram a desenvolver o seu método e o impacto deste na terra, em si próprio e nas pessoas a quem o ensinou, explicando a razão que o leva a acreditar que ele oferece um modelo de sociedade prático e estável baseado na simplicidade e na permanência.

Partindo do princípio de que curar a terra e purificar o espírito humano são a mesma coisa, A Revolução de Uma Palha tem por objectivo mudar as nossas atitudes para com a Natureza, a agricultura, a alimentação e a saúde física e espiritual.

CRÍTICAS DE IMPRENSA

“Com uma simples palha é possível iniciar-se uma revolução planetária, relegar o Homem à Natureza e recuperar o equilíbrio (há muito) perdido. Soa a utopia? Talvez não o seja. A verdade é que a revolução começou numa pequena aldeia do sul do Japão – na quinta de M. Fukuoka. Microbiólogo e investigador, Fukuoka desenvolveu a agricultura selvagem ou a agricultura da não-acção – um método que contradiz em absoluto as técnicas da agricultura moderna. Faz tábua rasa do conhecimento científico e da experiência do camponês tradicional. Por incrível que pareça, ele não lavra as terras há cinquenta anos, não utiliza fertilizantes químicos nem pesticidas, não cultiva o arroz em campos alagados (como se procede desde há séculos) mas em sequeiro, limitando-se a lançar as sementes à terra e a cobrir os solos com trevo branco e palha. Sem qualquer dependência de máquinas ou de produtos químicos e com poucos recursos, consegue obter óptimas colheitas, em número idêntico às obtidas através da agricultura industrial mas com qualidade, naturalmente, superior. O segredo da agricultura selvagem consiste em deixar que cada um dos intervenientes – Homem e Natureza – cumpra o seu papel, respeitando-se mutuamente. Os solos, quando não são sistematicamente agredidos e envenenados, mantém a capacidade de autoregeneração, e o equilíbrio estabelecido entre as diversas comunidades de insectos e predadores naturais impede a deflagração de pragas e doenças devastadoras. O momento em que se realizam as sementeiras, a correcta combinação das plantas (policultura) e a atitude positiva do agricultor são fundamentais para o seu êxito. Masanobu Fukuoka é um dos grandes pioneiros da agricultura sustentável. Após a edição deste interessantíssimo livro, em 1975, os seus métodos inovadores foram internacionalmente reconhecidos. Dez anos depois, por iniciativa da UNESCO, aplicou-os, com sucesso, em solo desértico da África. Apesar de experiências como esta, a agricultura selvagem não tem sido integralmente entendida e aplicada. Ainda que muitos agricultores voltem a questionar a sua relação com a terra, existe uma ciência que hesita em ver para além da especificidade (desenquadrada de um todo) e uma indústria poderosa que não quer perder o seu domínio. Mas o método de Fukuoka e uma certeza permanecem: Pouco importa a época, a agricultura selvagem existe para sempre como origem da agricultura. Seremos capazes de a recuperar, e a tempo?” Gabriela Araújo, Suplemento Cartaz, Expresso, 7 Abril 2001

“Explicação, defesa e louvor de uma agricultura ecologicamente justa, sustentável e alternativa ao modelo industrial global. A tese – a agricultura selvagem proporciona o mesmo rendimento, exige menos trabalho e desgasta menos a natureza – é sustentada por 30 anos de prática que, diz este japonês: (lhe) ensinaram que os agricultores estariam numa situação bem melhor se não fizessem praticamente nada.” Mil Folhas, Público, 3/2/2001

“Este é um livro sobre os benefícios da agricultura no seu estado mais genuíno. O que Fukuoka propõe é o usar-se a inteligência e aplicá-la a uma produção agrícola bem pensada. Não sendo possível usar essas técnicas em qualquer tipo de exploração agrícola, recomenda-se a leitura do livro a todos quantos estão preocupados com o crescente aumento da industrialização e da prática cada vez mais química da agricultura.” Ana Almeida, Mondo Bizarre nº 6, Fevereiro de 2001

EXCERTOS

“Este método contradiz em absoluto as técnicas da agricultura moderna. Faz tábua rasa do conhecimento científico e da experiência do camponês tradicional. Com este tipo de agricultura que não usa nem máquinas, nem preparados, nem fertilizantes químicos, é possível obter-se uma colheita igual ou superior à da quinta japonesa média. A prova disso amadurece mesmo em frente aos nossos olhos.

(…)

O caminho habitual para desenvolver um método é perguntar: E se experimentássemos isto? ou E se experimentássemos aquilo?, introduzindo uma série de técnicas umas atrás das outras. Isto é a agricultura moderna e o seu único resultado é tornar o agricultor mais ocupado. Segui o caminho oposto. Ambicionava um modo de cultivo que desse prazer, fosse natural, e que acabasse por tornar o trabalho mais leve e não mais duro. E se não fizéssemos isto? E se não fizéssemos aquilo? – tal era a minha maneira de pensar. Finalmente, cheguei à conclusão que não era necessário lavrar, espalhar adubo, fazer composto, usar insecticida. Quando se chega a este ponto, poucas práticas agrícolas são verdadeiramente necessárias.

(…)

Quando somos confrontados com tais problemas, a única solução sensata é acabar antes de mais com as práticas contra-natura que levaram a essa situação. O agricultor é também responsável pela reparação dos danos que causou. Deve interromper-se o cultivo do solo. Se forem postas em prática medidas suaves como espalhar palha e semear trevo, em vez de se utilizar máquinas e produtos químicos fabricados pelo homem para levar a cabo uma guerra de aniquilamento, então o ambiente regressará ao seu equilíbrio natural e mesmo as incómodas ervas daninhas poderão ser controladas.

(…)

Enganei-me muitas vezes ao experimentar no decurso dos anos, tive a experiência de erros de todos os tipos. Sou capaz de saber mais sobre o que pode correr mal durante o desenvolvimento das colheitas agrícolas do que qualquer outra pessoa no Japão. Quando consegui pela primeira vez fazer crescer arroz e cereais de Inverno pelo método do não-cultivo, senti-me tão feliz como Cristóvão Colombo se deve ter sentido quando descobriu a América.

(…)

Considerei o trevo-branco útil para manter em respeito as ervas daninhas. Ele cresce muito concentrado e pode mesmo abafar ervas daninhas tão resistentes como a artemísia e a grama. Se semearmos o trevo misturado com as sementes de legumes, ele agirá como uma cobertura viva, enriquecendo o solo e mantendo a terra húmida e bem arejada.

(…)

Levantei-me e propus que se estabelecesse ali, naquele momento, e em conjunto, um plano concreto para resolver o problema da poluição. Não seria melhor falar sem rodeios de deixar de utilizar os produtos químicos causadores da poluição? O arroz, por exemplo, pode muito bem crescer sem recurso a produtos químicos, assim como os citrinos, e também não é difícil cultivar legumes da mesma maneira. Disse que era possível fazê-lo, e que eu próprio o fizera na minha quinta durante anos a fio, mas que, enquanto o governo persistisse em endossar a utilização de produtos químicos, ninguém quereria experimentar a agricultura limpa.

(…)

Se julgarmos que os legumes que se encontram à venda são naturais, enganamo-nos redondamente. Estes legumes são uma confecção química aquosa de azoto, fósforo e potássio com uma pequena ajuda por parte da semente. E é esse o gosto que têm. E os ovos de galinha comerciais (podemos chamar-lhes ovos se quisermos) não passam de uma mistura de alimentos artificiais, produtos químicos e hormonas. Não se trata de um produto da Natureza, mas sim de uma síntese com forma de ovo feita pelo homem. Ao agricultor que produz legumes e ovos desta maneira eu chamo industrial.

(…)

O objectivo da alimentação natural não é criar sábios capazes de dar explicações irrefutáveis e escolher sagazmente entre os vários alimentos, mas sim criar pessoas ignorantes que tomam alimentos sem fazer distinções conscientemente. Isto não vai contra o caminho da Natureza. Quando realizamos o não-intelecto sem nos perdermos nas subtilezas da forma, aceitando a cor da não-cor como cor, começa a alimentação justa.

(…)

Que necessidade existe de desenvolver? Se o crescimento económico subir de 5 para 10 a felicidade duplica? Que mal há numa taxa de crescimento de 0, não é um tipo de economia assaz estável? Poderá haver algo melhor do que viver simplesmente sem preocupações?

(…)

Originalmente, os seres humanos não tinham nenhum objectivo. Agora, inventando um ou outro objectivo, lutam desesperadamente para tentar encontrar o sentido da vida. É uma luta sem adversário e sem repouso. Não há nenhum objectivo no qual o Homem deva pensar, ou em busca do qual deva partir. Bem faríamos em perguntar às crianças se uma vida sem objectivo é ou não desprovida de sentido.”

Peso 0,15 kg
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