Livro A Hipótese do Símio Aquático

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Descrição

Por que razão os humanos apresentam tantas diferenças relativamente aos outros primatas? E o que nos dizem estas diferenças sobre a evolução humana? Neste livro tão acessível quanto meticulosamente argumentado e documentado, a cientista autodidacta galesa Elaine Morgan pede-nos para considerar a única teoria que explica anomalias evolutivas da nossa espécie tais como:

-Por que razão andamos sobre duas pernas? Por que razão havíamos de adoptar uma postura que dificulta a marcha e causa problemas nas costas?
-Por que razão, ao contrário dos outros primatas, o nosso corpo é pelado e está bem revestido de gordura? As baleias, as focas e os paquidermes são os únicos outros mamíferos com estas características.
-Por que razão temos uma laringe descaída?
-Por que razão conseguimos alterar o nosso ritmo respiratório? Os chimpazés não conseguem fazê-lo, mas as morsas sim.
– Por que razão as narinas humanas apontam para baixo, ao contrário das dos outros primatas?

As respostas, acredita Elaine Morgan, apontam todas para a conclusão de que há milhões de anos atrás os antepassados da espécie humana se viram obrigados a viver num ambiente semi-aquático, o qual terá sido o verdadeiro berço do “Homo Sapiens” – o caso a favor da importância crucial da água na nossa origem permitindo à autora expor as brechas nas teorias sobre a evolução humana subscritas no mundo académico.

EXCERTOS

O modelo original da savana – embora não tenha aguentado o teste do tempo – foi argumentado em termos claros e fortes. Somos diferentes dos símios, afirmava, porque eles viveram na floresta e os nossos antepassados viveram na planície. A nova versão diluída sugere que somos diferentes dos símios por ser possível que os antepassados destes tenham vivido numa parte diferente do mosaico. Digam o que disserem, não soa da mesma maneira.

(…)

No tocante às pernas, é demasiado simplista dizer que um ambiente aquático encurta inevitavelmente os membros posteriores. No caso dos grous e das garças alongou-os dramaticamente. Além disso, o grande aumento no comprimento relativo dos membros posteriores dos hominídeos só ocorreu após estes terem aperfeiçoado a sua larga passada bípede em terra durante milhões de anos. Esse processo certamente não antedatou Lucy. As proporções dos seus membros são virtualmente idênticas às do bonobo.

(…)

Dúzias de hipóteses sobre o bipedismo foram consideradas convincentes bastante para serem aceites e publicadas pelas revistas científicas ao longo dos anos. Por um lado até é conveniente que existam tantas, pois significa que qualquer amante de uma vida calma não se sente obrigado, quando desafiado pela pergunta “Porquê o bipedismo?”, a prestar vassalagem a qualquer uma delas. É mais fácil apontar a mão às multifárias opções expostas como produtos num supermercado e convidar o inquiridor a “escolher e combinar”.

(…)

Se postularmos que o bipedismo surgiu em consequência do comportamento patinhador, não corremos o risco de cair na armadilha teleológica. No caso de um símio antropóide mergulhado num metro de água, o motivo para andar erecto – ainda que de um modo desajeitado e esforçado – não reside em alguma vantagem passível de advir para os seus descendentes. O motivo é imediato, individual e, a bem dizer, indispensável. A vantagem é permitir ao animal continuar a respirar, enquanto se andasse sobre quatro patas as suas narinas ficariam submersas.

(…)

Orgulhamo-nos de sermos mais erectos e de termos a pele mais suave e um cérebro maior e de sermos mais expeditos e eloquentes do que o nosso parente mais próximo no reino animal, mas não nos orgulhamos de sermos mais gordos. É todavia indubitável que esta característica específica da espécie humana é tão peculiar quanto o bipedismo.

(…)

Foi provavelmente durante este período que os hominídeos perderam a capacidade de arquejar. Tem-se defendido que o arquejo é o modo mais eficiente de dissipar o calor que emana do ambiente (em oposição a ser gerado pelo exercício físico). Se eles não apenas estivessem a viver à sombra mas passassem igualmente a maior parte do dia dentro de água, a necessidade de dissipar o calor ambiental terá sido mínima ou nula.

(…)

O sentido do olfacto, bem como o da visão, pode ser de utilidade diminuta para os mamíferos aquáticos. No caso extremo dos cetáceos (baleias e golfinhos) ele foi efectivamente eliminado: não se detectaram bolbos olfactórios nos seus cérebros. (Diz-se que o bolbo olfactório nos humanos tem menos de metade do tamanho do bolbo do gorila e do chimpazé.) Um primata aquático podia ter tido as suas próprias razões para se colocar na dependência crescente do canal vocal de comunicação.

(…)

O nariz humano é um problema profundamente enigmático. Na maioria dos primatas as narinas apontam para a frente (Primatas do Velho Mundo) ou para os lados (Primatas do Novo Mundo). No homem elas apontam para baixo, em direcção ao queixo, e são revestidas com uma espécie de tampa suportada por uma estrutura cartilaginosa. A pergunta raramente feita é “Porquê?”

(…)

Se a suposição de que “algo deve ter acontecido” para forçar os proto-hominídeos a percorrer o seu excêntrico caminho evolutivo tiver alguma validade, então Afar merece consideração como o possível local destes eventos. De todos os lugares em África, Afar era aquele onde estavam a acontecer – e continuaram a acontecer – as coisas mais violentas. O modelo original da savana – embora não tenha aguentado o teste do tempo – foi argumentado em termos claros e fortes. Somos diferentes dos símios, afirmava, porque eles viveram na floresta e os nossos antepassados viveram na planície. A nova versão diluída sugere que somos diferentes dos símios por ser possível que os antepassados destes tenham vivido numa parte diferente do mosaico. Digam o que disserem, não soa da mesma maneira.

(…)

No tocante às pernas, é demasiado simplista dizer que um ambiente aquático encurta inevitavelmente os membros posteriores. No caso dos grous e das garças alongou-os dramaticamente. Além disso, o grande aumento no comprimento relativo dos membros posteriores dos hominídeos só ocorreu após estes terem aperfeiçoado a sua larga passada bípede em terra durante milhões de anos. Esse processo certamente não antedatou Lucy. As proporções dos seus membros são virtualmente idênticas às do bonobo.

(…)

Dúzias de hipóteses sobre o bipedismo foram consideradas convincentes bastante para serem aceites e publicadas pelas revistas científicas ao longo dos anos. Por um lado até é conveniente que existam tantas, pois significa que qualquer amante de uma vida calma não se sente obrigado, quando desafiado pela pergunta “Porquê o bipedismo?”, a prestar vassalagem a qualquer uma delas. É mais fácil apontar a mão às multifárias opções expostas como produtos num supermercado e convidar o inquiridor a “escolher e combinar”.

(…)

Se postularmos que o bipedismo surgiu em consequência do comportamento patinhador, não corremos o risco de cair na armadilha teleológica. No caso de um símio antropóide mergulhado num metro de água, o motivo para andar erecto – ainda que de um modo desajeitado e esforçado – não reside em alguma vantagem passível de advir para os seus descendentes. O motivo é imediato, individual e, a bem dizer, indispensável. A vantagem é permitir ao animal continuar a respirar, enquanto se andasse sobre quatro patas as suas narinas ficariam submersas.

(…)

Orgulhamo-nos de sermos mais erectos e de termos a pele mais suave e um cérebro maior e de sermos mais expeditos e eloquentes do que o nosso parente mais próximo no reino animal, mas não nos orgulhamos de sermos mais gordos. É todavia indubitável que esta característica específica da espécie humana é tão peculiar quanto o bipedismo.

(…)

Foi provavelmente durante este período que os hominídeos perderam a capacidade de arquejar. Tem-se defendido que o arquejo é o modo mais eficiente de dissipar o calor que emana do ambiente (em oposição a ser gerado pelo exercício físico). Se eles não apenas estivessem a viver à sombra mas passassem igualmente a maior parte do dia dentro de água, a necessidade de dissipar o calor ambiental terá sido mínima ou nula.

(…)

O sentido do olfacto, bem como o da visão, pode ser de utilidade diminuta para os mamíferos aquáticos. No caso extremo dos cetáceos (baleias e golfinhos) ele foi efectivamente eliminado: não se detectaram bolbos olfactórios nos seus cérebros. (Diz-se que o bolbo olfactório nos humanos tem menos de metade do tamanho do bolbo do gorila e do chimpazé.) Um primata aquático podia ter tido as suas próprias razões para se colocar na dependência crescente do canal vocal de comunicação.

(…)

O nariz humano é um problema profundamente enigmático. Na maioria dos primatas as narinas apontam para a frente (Primatas do Velho Mundo) ou para os lados (Primatas do Novo Mundo). No homem elas apontam para baixo, em direcção ao queixo, e são revestidas com uma espécie de tampa suportada por uma estrutura cartilaginosa. A pergunta raramente feita é “Porquê?”

(…)

Se a suposição de que “algo deve ter acontecido” para forçar os proto-hominídeos a percorrer o seu excêntrico caminho evolutivo tiver alguma validade, então Afar merece consideração como o possível local destes eventos. De todos os lugares em África, Afar era aquele onde estavam a acontecer – e continuaram a acontecer – as coisas mais violentas.

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